segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Plantando árvores...

Sempre gostei de escrever, longas cartas, dissertações filosóficas e outros escritos. A idéia de escrever um livro constantemente rodeou minhas intenções. Até participei da elaboração de um texto sobre o ensino da Física, quando era professor no ensino público em Santa Catarina. Mas, apesar dos muitos textos, publicações e outros escritos, ainda não cheguei perto da possibilidade de concretizar este sonho de escrever um livro.

Para escrever um livro é preciso ler muito, recomendação eternamente repetida pela maioria dos escritores. Sem dúvida a leitura tem sido um dos meus passatempos favoritos, ou uma atividade essencial, quando se pensa que no caminho dos estudos a leitura não pode ser deixada de lado. Hoje em dia, confesso, diminuí muito essa prática.

E para cumprir a célebre tríade:"plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro" e não necessariamente "viver da poesia", falta justamente, escrever um livro.

Nos nossos tempos, plantar árvores tem sido a busca mais adequada, no sentido de preservar a natureza e ter uma atitude ecológicamente correta. É um contrasenso pensar que para publicar um livro muitas árvores devam ser cortadas. É claro que a coisa não é tão simples assim, porque a resposta poderia nos indicar um caminho falso, no qual a cultura e a publicação de livros seria uma afronta ao princípio de conservação da natureza.

Li por aí que para publicar uma única edição de domingo do Estado de São Paulo são necessárias 344 mil árvores. O número impressiona, visto que não temos idéia de quantas árvores são plantadas para compensar essas perdas. Mas é claro que as árvores em questão fazem parte de um processo de plantio comercial. Sempre fica a dúvida, será que uma coisa compensa a outra?

Neste sentido a reciclagem representa uma grande saída, visto que uma tonelada de aparas pode substituir quase 4m3 de madeira. A reciclagem evita a morte de cerca de 30 árvores. Para fabricar uma tonelada de papel no processo tradicional são necessários 100 mil litros de água. Se o papel é reciclado, bastam 2 mil litros.

Entra aqui uma outra necessidade básica, que quase nunca analisamos quando pensamos na fabricação de papel: a água. Elemento tão precioso para nossa existência que não nos permite sequer pensar na sua falta. No entanto, por sua abundância em nosso país e em nossa região, nos preocupamos muito pouco com o seu desperdício em nosso quotidiano.

Enfim, retornando ao assunto que motivou este texto, escrever é preciso, ler é preciso. Portanto, cuidar do planeta é fundamental, preservar os recursos naturais, reciclar. E aqui a tríade se encaixa: quem tem filhos, ou mesmo quem não têm, sabe que a educação é fundamental, educação para a preservação e para uma nova postura perante o mundo.

Assim todos esses temas: livros, árvores, filhos, escrever, ler, preservar, reciclar, educar, me colocam um grande desafio: é preciso começar, ou recomeçar. E é o que estou tentando fazer ao iniciar este sítio.


Postado originalmente no blog "Pensando bem.."

http://seminabrasil.wordpress.com/2008/11/03/plantando-arvores/

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